Moradores de Serra de Capoeira Desabafam: Não Aguento Mais Carregar Água de Longe.
Agora no período de estiagem, essa água está fazendo falta. A última vez que vieram abrir a água foi um pouquinho antes do carnaval. Quando Abriram que tinha canos para arrumar, porque para concertar os buracos do calçamento quebraram os canos e deixaram para lá. Em total abandono. Então o rapaz, fechou e deu meia volta. Disse que viria depois do feriado e até hoje, nada de água! Aqui na Vila tem senhoras velhinhas como minha Mãe, dona Josefa Nascimento, a Esposa de Seu Zezé da Cruz e tantas outras, que não tem condição de colocar uma lata d'água na cabeça. Esta comunidade votou 80% neste homem que hora governa. Como ele pode tratar com tanto descaso idosos, crianças e a população em geral que contribuiu para sua vitória? Não digo por mim. Eu tenho um carro e posso colocar bujões nele e levar a minha casa. A minha revolta é pelos os outros que sofrem hoje por culpa minha. Quando esse cara era vereador teve 30 votos em Serra Capoeira. Eu fiz a campanha dele aqui, começando com os meus alunos adolescentes até seus pais. Hoje fico envergonhada com o povo me pedindo para interceder por água, por medicamento no PSF e por outras coisas. Quando digo que não estou mais junto deste grupo, eles me respondem a Culpa é sua que nos garantiu que ele prestava! E agora? como não me indignar com esse cara que enganou a todos nós. Como não me indignar com o tal, Biu Abreu, que eu dizia ser ele, um homem de Deus e que se transformou num defensou da escuridão da falta de transparência e das Trevas que Orobó se tornou?
Hoje recebi vários pedidos na minha janela pessoal para fazer essa matéria sobre a falta d'água. Estou fazendo por uma questão de desencargo de consciência, por me sentir culpada por ter enganado o povo. Mas ai, eu me pergunto: Que Culpa tenho eu? EU TAMBÉM FUI ENGANADA POR DUAS PESSOAS EM QUEM CONFIEI E JULGUEI SER DO BEM?
Só me resta pedir Perdão ao povo da minha comunidade e usar da verdade para livrá-los do rolo que eu ajudei a colocá-los!
Por Madalena França.
