quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Carta Aberta a Sociedade Oroboense

A minha fotografiaFaço saber a sociedade oroboense, que eu, professora Madalena Margarida de França. Concursada por duas vezes no município de Orobó ( de 1ª a 4ª em 89 e de 5ª a 8ª em97) ainda acrescido dos anos que trabalhei de carteira assinada na Gestão de Maria Fração de Aguiar, completarei em 05 de maio do corrente ano 28 anos de prestação de serviço a educação do Município como professora/ educadora. Em todas as Gestões, seja qual fosse o prefeito, sempre me dediquei  de corpo e alma a Educação. Tanto no que se referem às questões pedagógicas, quanto no que se referem aos direitos dos professores e professoras da nossa terra.
 Ao completar 25 anos de sala de aula na Gestão do Prefeito Manoel  João, o então secretário de Educação José Martins, me tirou de Sala de aula e deixo-me  a disposição do SINTEPE.
Na corrida para eleições  passada, tive a infeliz ideia de votar nesse atual prefeito. Não sabia eu, que estava cavando minha própria sepultura. Quem não se lembra da quadrilha da Serra, que levei para várias outras localidades para alegrar as festinhas desse prefeito? Quem não me  viu as mais de 40 noites de comícios nos palanques apoiando essa criatura? Quem não se lembra dos versos que fiz, no dia da Convenção dividindo o palco com Edinho Soares? Pois bem. Arrisquei minha vida em ladeiras esburacadas, pedi o voto dos familiares e amigos, contribui diretamente para essa vitória, que hoje me decepciona tanto.
A recompensa desse homem, foi  me perseguir, a todo custo a mim e a minha família. Minha filha Fernanda além de votar nele, votou em Lia sua mãe, e hoje também está sendo perseguida.
Por quê? A resposta é simples. Ele queria que eu ficasse calada diante de suas injustiças, com nosso vice prefeito, que sem ele,  jamais o prefeito teria visto a cor da cadeira que hoje senta. Com  todos os pobres da minha comunidade a quem, ele prometeu emprego,saúde e educação de qualidade e hoje,o que fez, foi retirar o único carro que tinha para socorrer os doentes em emergência e se fosse contar aqui suas injustiças, não haveria folha que coubessem tantas palavras.
 Enquanto trabalhei na Secretaria de Educação, vi coisas que não agradaram a minha ética e a minha moral. Por mim mesma, pedi a volta para minha sala de aula do Ensino Fundamental  II.Por não querer fazer parte de um governo que não obedece as leis.
Hoje, recebi  um documento de lotação em sala de aula do primário depois de 28 anos atuando como professora. Ele acha que pode me botar em sala de aula ganhando um salário de iniciante? O plano de cargos e carreiras do professor no seu artigo 10, assegura  a progressão por faixas salariais. Estou na ultima e sétima faixa perdendo assim 28% do meu salário de professora primária. Além disso, o Tribunal Superior Federal,   através de decisão judicial, diz de acordo com a lei 11.738/ 2008 que o percentual de carga horária do professor é um terço de sua jornada total. Ele criou um sexto expediente que não existe e quer me obrigar a dar mais 20 aulas fora da lei do Piso. O objetivo é para punir a minha pessoa, por usar o meu direito constitucional de liberdade de expressão e pensamento. Pensa o prefeito de Orobó ,que as Leis foram feitas apenas para mim. E ele está isento  de cumpri-las.  Alega esse prefeito que não há lei, que possa me deixar fora de sala até completar 50 anos de idade. Se não existe essa lei,  conversa a tratar com meu advogado, mas, havia em Orobó, uma tradição cultural de que, quem completava 25 anos de sala de aula, sairia para outra função menos exigente para esperar a aposentadoria. Somente na Escola de Serra de Capoeira existem hoje, eu e mais TRÊS professoras, nesta mesma situação. Todas estão fora de sala de aula. Porque será que me pegaram para ser o Cristo? O objetivo é calar a minha voz, retirando-me do SINTEPE.
Engana-se!  Em qualquer lugar que esteja, vou gritar a verdade, e quem tiver errado que se cuide.
Nunca tive medo de trabalho Senhor Prefeito. Foi dignamente trabalhando, que eu consegui minha casa, meu carro, tudo de material que tenho, e criar bem minha família. O senhor não me assusta! Cumpra com seus deveres e pague de acordo com as leis do PCC e do Piso Salarial Nacional. Limpe-se primeiro dos seus erros, que eu cumprirei sorrindo meus deveres. Caso Contrário, vamos à luta Judicial e veremos se a s leis foram feitas exclusivamente para mim ou o senhor também deve cumpri-las.

Peço encarecidamente a todos os meus amigos blogueiros,  do facebook, dos grupos fechados ou abertos das redes sociais, que divulguem o máximo que poder, compartilhando esta  carta aberta a sociedade, para que o maior número de pessoas possíveis analisem e saibam QUEM é,  e qual personalidade tem o Prefeito de Orobó, Cléber José de Aguiar.
Agradeço antecipadamente a todos que compartilharem e se solidarizarem com esta defensora  do  povo de Orobó, Madalena França. Muito Obrigada!

13/02/2014.

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